"Há, na tradição judaica, uma história que é mais ou menos assim: cansado de ver as pessoas da sua cidade tristes e abatidas, um homem instala-se no meio da praça com um banquinho e começa a contar histórias. No início, as pessoas ainda paravam para o ouvir, antes de a pressa as desviar para os seus milhentos afazeres. Mas o homem continuava. Todos os dias sentava-se no banquinho, no meio da praça, para contar e contar. Um dia, enquanto narrava uma fantástica fábula para uma plateia inexistente, um miudo puxou-o pela manga e perguntou-lhe:
- Não vê que não há ninguém a ouvi-lo? Porque insiste em contar essas histórias?
O homem respondeu:
- Meu filho, antes eu contava histórias para mudar o mundo. Hoje, conto histórias para que o mundo não me mude a mim."
Este excerto vem hoje na revista Única num artigo muito interessante sobre contadores de histórias, espero que tenham oportunidade de o ler. Gostei especialmente deste parágrafo, encontro-lhe uma certa poesia e um modo de ver o mundo muito peculiar
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